“Um dia” é uma adaptação Hollywoodiana do livro de mesmo título de David Nicholls, que tem estreia marcada para o Brasil nessa sexta-feira (02). Nos papeis principais de Emma Morley e Dexter, temos a sempre incrível Anne Hathaway – afinal, quantos conseguem sair de um filme infantil do Disney Channel e ir parar na A-list de Hollywood, com indicação ao Oscar e vários filmes maravilhosos? Não muitos! – e o também incrível Jim Sturgess, bastante conhecido por seu papel em Across The Universe.
Se você ainda não leu o livro, alerto que o post está cheio de SPOILERS!
Emma e
Dexter se formaram juntos, mas ela era aquela típica tímida nerd, que apesar de
sempre ter sentido algo por ele enquanto estudavam na mesma turma, nunca se
declarou. Ele, o típico garanhão, rico e despreocupado, não havia notado Emma
em nenhum dos anos anteriores até o dia de sua formatura, quando os dois – um
pouco bêbados – vão para o apartamento dela e quase tem uma relação. Era 15 de
Julho, e não esqueça essa data, afinal, os próximos 20 anos serão contados
nesse exato dia e mês.
A cada
ano, Emma e Dexter se encontravam no tal 15 de Julho. Nos primeiros anos, Emma
se muda para Londres, sonhando com a vida de escritora, mas na verdade se
esconde num restaurante mexicano, onde conhece Ian – com quem se relacionará
nos anos seguintes – enquanto Dexter se torna um apresentador famoso de TV.
Emma e Dexter continuaram apoiando um ao outro em seus dramas pessoais – como a
doença da mãe de Dex – e a falta de coragem de Emma.
No
entanto, muitos anos depois, Emma decide que, apesar de amá-lo, não gosta mais
da pessoa em que ele se tornou. Metido, bêbado e desinteressado pela vida.
Mais
tarde, eles se reencontram no casamento de amigos da faculdade, e é aí que
decidem não mais perder o contato e também é aí que Dex entrega o convite de
seu casamento para Emma e revela que será pai.
Traído
pela mulher com seu grande amigo, Dexter viaja à Paris, onde Emma agora é uma
conhecida escritora, decidido a ficar e se declarar para ela. Mas Emma não está
sozinha. Ela namora Jean Pierre, um músico. Obviamente, Dexter se sente mal por
não poder ficar com ela e resolve pegar o próximo trem de volta para casa.
Mas Emma
não está disposta a perdê-lo outra vez, e corre atrás dele. Com toda sua luz e
graça, Emma transforma Dex no cara que ele sempre foi por dentro, um
maravilhoso e dedicado marido e pai para Jasmine, sua filha, que sempre ia
visitá-los. Durante uma dessas visitas, Emma confessa para Dex que tem vontade
de ser mãe, mãe do filho do homem que ela ama. Dexter, é claro, fica feliz e
eles começam uma longa jornada de tentativa de uma gravidez.
Em 15 de
Julho de 2006, quando Emma já estava deprimida por não conseguir engravidar,
gasta sua energia na natação e manda um recado para o marido, dizendo que iria
se atrasar, mas deixando claro que o amava, e que já já chegaria.
Emma
nunca chegou. Foi atingida por um automóvel e morreu naquele 15 de Julho,
deixando um Dex solitário, depressivo e que, enquanto não recebeu um toque de
seu pai – de que ele deveria viver da mesma forma que viveria se Emma estivesse
viva – e do ex de Emma, Ian, - que ele era iluminado por Emma, e só ele
conseguia fazê-la feliz. Nesse dia, também 15 de Julho, Dex acordou novamente
para a vida. Com o amor ainda maior por Emma, mas decidido a ser o cara que ela
sempre quis que ele fosse.
Para “Um
Dia” eu dou 3 pipocas.
A
fotografia do filme é linda, os atores tem uma química perceptível, a história
é envolvente, te prende e emociona. Mas Emma não merecia aquele final. Claro
que não podemos mudar o que o autor escreveu, mas Hollywood bem que podia ter
sido um pouco mais justo que o autor na hora de fazer o script do filme, não?
Ainda estou com um nó na garganta e algumas lágrimas que teimam em cair
enquanto escrevo essa “crítica”, porque é um amor lindo de se ver, com um final
terrível. Eles tentam amenizar, mostrando Jasmine e ele, mas Emma merecia mais.