Sempre que algum filme como Never Say Never ou Miley
Cyrus: Best of Both Worlds estreia uma polêmica vem à tona: porque mais uma vez os famosos se aproveitam de
um momento de sucesso, lançam um filme com uma história nada inspiradora, nada
relevante na intenção de ganhar mais e mais dinheiro à custa de seus fãs? Pois
bem, eu respondo: a polêmica vem à tona a partir de pessoas que não foram ao cinema assistir a esses
filmes. Não que eu esteja defendendo Bieber ou Cyrus, estou apenas dizendo que
é melhor assistir antes de falar. Mesmo. É isso que está acontecendo com Katy Perry – Part of Me que teve sua
estreia hoje no Brasil – depois de flopar
nas bilheterias americanas.
Com os mesmos produtores de Never Say Never, Katy apostou em
nada mais que a realidade. Permitiu que as câmeras a filmassem em seus momentos
mais vulneráveis – destaque para o momento em que “cai a ficha” do divórcio de
Russell Brand -, mais emocionantes e mais engraçados. As redes sociais também
têm papel principal – mensagens de katycats
e tweets da própria Katy “narram” os acontecimentos da sua história. Claro,
tudo isso ocorre enquanto um mega show acontece.
Sem esquecer de sucessos como “I Kissed a Girl” (destaque
para o momento em que ela tem de decidir sobre este e outros dois singles), “Thinking
of You” (numa versão acústica muito melhor que a gravada em estúdio), e
surpresas como um cover de “Dance With Somebody” da Whitney Houston e uma linda
versão de “Hey Jude” dos Beatles. Sem dúvidas, um CD deste filme estaria na
minha lista de compras. As versões tinham mais energia, mais emoção e mais
verdade que quando gravadas para o álbum comercial.
Mostrando a trajetória de Katy desde sua participação num
coral Evangélico – seu pai pregava a palavra de Deus e sua mãe também é
extremamente religiosa, o que fez com que os dois não deixassem que Katy e seus
irmãos (Angelica e David [lindo!!!!] que por sinal aparecem bastante no filme) não
conhecessem nenhuma música que não fosse gospel. Até o momento em que Katy
estava na casa de uma amiga e “Oughta Know” de Alanis Morrisette tocou.
Esse foi o momento que mudou a vida de Katy. A partir daí,
você poderá ver a batalha da cantora em várias gravadoras e inclusive perceber
que uma delas manteve Katy presa a sua lista de cantores para que ela não assinasse
com outra gravadora e se tornasse um sucesso. Junto a isso, há a luta dela por
ser Katy Perry, extrovertida e dinâmica, e não um produto que todas as
gravadoras queriam que ela fosse.
E Russell Brand? Cadê? Ao contrário do que todo mundo pensa,
ela NÃO tratou de Russell como um monstro em momento algum. Mas a emoção do
filme definitivamente foi trazida por ele, quando vemos o Conto de Fadas de Katy se tornar um pesadelo e sentimos nosso
coração apertar (e as lágrimas descerem) enquanto ela desaba e precisa tomar
uma decisão: ou se entrega à tristeza ou se apresenta para os milhares de fãs
que a esperavam em São Paulo. Como ela mesmo diz em suas letras sobre relacionamentos: "não é como nos filmes, mas deveria ser". Não dá para contar mais que isso a respeito desse
momento: você vai ter que ver para sentir.
Relatos como o da avó de Katy (super fofa!), seus pais, seus
melhores amigos, empresário e estilista contribuem bastante para o desenrolar
do filme. Vale destacar que amigos famosos
da cantora também aparecem no filme. Quem são? Não conto!
Não posso terminar sem citar uma das frases que mais me
marcou, vinda de Tamra (assistente de Katy): “As pessoas se enganam quando acham que Katy é uma marionete. Katy é a
presidente de Katy Perry”. Sim, é perceptível que Katy dá ideias e
participa intensamente da “empresa/produto” Katy Perry. E ela não está nem aí
para quem acha que não é verdade.
A relação com os fãs, com a família (momentos muito, muito
emocionantes com a irmã), e com seu “time” do dia-a-dia transformam o que seria
só mais um documentário num filme super interessante, inspirador e que mostra
que sim, é possível conquistar os sonhos se você persistir e principalmente seguir um conselho da Rainha dos gatos: "Be Yourself and You Can Be Anything". "Seja você mesmo e você pode ser quem quiser".
Para Katy
Perry - Part of Me, dou 3 baldes de pipoca!
E você? O que vai assistir
neste final de semana?